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A União Europeia anunciará, nesta terça-feira (16), medidas para flexibilizar a proibição da venda de carros novos a gasolina e diesel a partir de 2035, em uma tentativa de apoiar os fabricantes europeus em dificuldades.
Esta medida emblemática do Pacto Verde Europeu foi adotada durante o primeiro mandato de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia, como parte do compromisso da UE de alcançar a neutralidade em emissões de carbono até 2050.
No entanto, diante da concorrência da China e das tensões comerciais com os Estados Unidos, a UE adiou ou reduziu várias medidas ambientalistas nos últimos meses, em uma guinada a favor das empresas.
A indústria automobilística europeia está "em risco de morte", alertou em março o vice-presidente da Comissão Europeia, Stéphane Séjourné, que apresentará medidas de apoio ao setor em Estrasburgo, juntamente com outros membros do Executivo europeu.
A queda nas vendas prejudica gravemente os fabricantes europeus, enquanto rivais chineses como a BYD aumentam rapidamente a sua participação de mercado com modelos elétricos a preços competitivos.
A Comissão Europeia e os Estados-membros têm negociado intensamente nas últimas semanas as medidas que serão anunciadas nesta terça-feira.
Enquanto se aguarda os detalhes, o eurodeputado alemão Manfred Weber, líder do PPE, confirmou que a Comissão definirá uma nova meta para as montadoras: reduzir as emissões de CO₂ das suas frotas em 90% até 2035.
A medida responde às exigências de países como Alemanha, Itália e Polônia, que defendem a "neutralidade tecnológica", ou seja, a manutenção dos motores térmicos após 2035.
Estes países propõem várias tecnologias que reduziriam significativamente as emissões de CO₂, como os híbridos plug-in, os veículos elétricos equipados com extensores de autonomia e até mesmo os biocombustíveis ou combustíveis sintéticos.
- Veículos profissionais mais verdes -
Segundo Manfred Weber, ao demonstrar flexibilidade, a UE tem a oportunidade de "combater o populismo". Por outro lado, França e Espanha instam a UE a desviar-se o mínimo possível da meta de 2035.
Na sua opinião, recuar na proibição dos veículos com motor térmico prejudicaria os investimentos substanciais dos fabricantes para a transição para veículos 100% elétricos. Poderia também sufocar o setor europeu de baterias para veículos elétricos, em plena expansão.
A Comissão deve anunciar nesta terça-feira, além da revisão da meta de 2035, novas medidas de apoio a este setor emergente e um plano para tornar as frotas profissionais mais "ecológicas".
Pretende também incentivar o desenvolvimento de pequenos veículos elétricos com preços "acessíveis", um projeto anunciado em setembro por Ursula von der Leyen "para impedir que a China e outros dominem este mercado".
"Nossas reivindicações não são desejos opcionais; são exigências essenciais para manter a rentabilidade do setor, preservar empregos, financiar a descarbonização e permanecer competitivos diante da acirrada concorrência global", afirmou Sigrid de Vries, diretora da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (Acea).
Por outro lado, a ONG ambientalista T&E alerta que desacelerar a eletrificação do setor constituiria "um erro estratégico" que ampliaria ainda mais o atraso dos europeus na concorrência com a Ásia.
"Se os fabricantes obtiverem concessões, espero que ao menos parem de poluir o debate" em torno dos veículos elétricos, declarou seu diretor, William Todts.
ub-fpo/pc/jvb/aa/fp