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Economia

FMI e Banco Mundial se reúnem em Washington em meio a crescentes tensões comerciais

As principais autoridades econômicas do mundo se reunirão em Washington a partir desta segunda-feira (13) para as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em meio à escalada das tensões comerciais entre...

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As principais autoridades econômicas do mundo se reunirão em Washington a partir desta segunda-feira (13) para as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em meio à escalada das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos. 

Ao mesmo tempo, Washington formalizará a ajuda que está disposta a fornecer à Argentina, de até 20 bilhões de dólares (108 bilhões de reais, na cotação atual), durante a visita do presidente Javier Milei à Casa Branca na terça-feira. 

A Argentina também tem uma linha aberta de ajuda com o FMI e pode ser um dos países protagonistas desta reunião. 

A América Latina e o Caribe mantêm um perfil discreto no atual clima de turbulências globais, de acordo com as previsões iniciais do Banco Mundial e as declarações da diretora do FMI, Kristalina Georgieva. 

A região crescerá 2,3% este ano, em comparação com 2,2% em 2024, segundo o Banco Mundial. 

O FMI divulgará suas previsões na terça-feira como parte de seu relatório anual Perspectivas da Economia Mundial (WEO, na sigla em inglês).

- Economia resistente -

Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, usou seu tradicional discurso de abertura para alertar sobre os riscos persistentes que a economia global enfrenta, destacando a incerteza a respeito das tarifas cinco anos após a pandemia de covid-19 paralisar a economia. 

Segundo Georgieva, o relatório WEO deve destacar uma economia que "resistiu globalmente a tensões agudas" e está "melhor do que se poderia temer, mas pior do que seria necessário". 

Acima de tudo, embora a economia global tenha conseguido resistir até agora, a "resistência ainda não foi totalmente testada", alertou a chefe do FMI, apontando inúmeros sinais de alerta. 

Georgieva teme particularmente a possibilidade de uma "correção violenta" nos preços das empresas ligadas ao desenvolvimento da inteligência artificial (IA), cuja "capitalização parece estar caminhando para níveis vistos há 25 anos", durante a bolha da internet.

A diretora executiva do Fundo também convidou a América Latina a "mirar mais alto" e aproveitar as mudanças na economia global, apontando a Argentina como um modelo de ajuste econômico. 

A América Latina precisa "aproveitar a reorganização das cadeias de suprimentos globais", indicou. 

"Não podemos mais tolerar" o que ela descreveu como "lentidão" em "captar o que está por vir". 

Das duas maiores economias da região, o Brasil perde fôlego (2,4% em comparação com 3,4% em 2024) e o México cresce pouco (+0,5%), segundo o Banco Mundial. 

"Isso reflete, em parte, um ambiente externo que oferece suporte limitado, caracterizado por um esfriamento da economia global, queda nos preços das commodities e maior incerteza", explicou o Banco Mundial em seu relatório.

- Pequim e Washington: alta tensão -

Washington e Pequim parecem dispostos a um novo confronto comercial.

Na quinta-feira, a segunda maior economia do mundo anunciou que implementará novos controles sobre a exportação de terras raras, assim como sobre as máquinas e tecnologias necessárias para seu refino e processamento. 

As matérias-primas são particularmente procuradas nas indústrias digital, de energia renovável e de defesa, e Pequim controla uma parte essencial da cadeia de valor de quase todos os minerais de terras raras. 

Trump classificou a decisão como "extremamente agressiva" antes de ameaçar a China com uma tarifa de 100% sobre seus produtos, um imposto adicional que se somaria às taxas de pelo menos 30% já em vigor desde maio.

"A China não deveria, de forma alguma, ter permissão para manter o mundo 'refém', mas esse parece ser o seu projeto há algum tempo", disse Trump, assegurando que "muitas outras contramedidas estão sendo seriamente consideradas". 

No entanto, ele suavizou o tom no domingo, afirmando que queria "ajudar a China, não prejudicá-la" e que "tudo ficará bem", apesar do "momento ruim" para o presidente chinês, Xi Jinping.

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