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Por Daphne Psaledakis e Maria Cheng
NIAGARA-ON-THE-LAKE, Canadá (Reuters) - Os ministros das Relações Exteriores do G7 discutiram nesta quarta-feira formas de aumentar a pressão sobre a Rússia em relação à guerra na Ucrânia, em meio a dúvidas sobre o interesse de Moscou em negociar o fim do conflito.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, esteve na região de Niagara, no Canadá, para a reunião, à qual também se juntou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, que pressionou os aliados de Kiev a fortalecerem sua capacidade de mísseis de longo alcance e a reforçarem seu setor de energia, à medida que a Ucrânia entra em outro inverno de guerra.
Os países que participaram da reunião de ministros das Relações Exteriores no Canadá nesta quarta-feira também estavam preocupados com as operações militares dos EUA no Caribe e se os ataques armados contra supostos barcos de tráfico de drogas realizados por Washington violam o direito internacional.
O presidente dos EUA, Donald Trump, buscou uma reaproximação com Moscou e realizou uma cúpula no Alasca com Putin em agosto. Mas ele apoiou os pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia com as forças em suas posições atuais, enquanto Moscou disse que quer que Kiev ceda mais território.
Os ministros emitiram uma declaração final conjunta na qual reiteraram o pedido de um cessar-fogo imediato e disseram que "estamos aumentando os custos econômicos para a Rússia e explorando medidas contra países e entidades que estão ajudando a financiar os esforços de guerra da Rússia".
A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, disse à Reuters, à margem das negociações, que a discussão sobre a Ucrânia girava em torno de pressionar mais a Rússia a buscar a paz depois que os EUA concluíram que Moscou não estava levando a sério o fim da guerra.
"Para que eles tenham paz, temos que exercer mais pressão", disse Kallas. "Eles (os EUA) tiveram envolvimento (com a Rússia) e todos nós saudamos seus compromissos para realmente alcançar a paz. Mas para ser muito, muito franco... a avaliação deles é que a Rússia não mudou seus objetivos de forma alguma, então não está sendo genuína em relação às negociações de paz."
Os esforços para organizar uma cúpula entre o presidente russo, Vladimir Putin, e Trump foram congelados no mês passado, já que a rejeição de Moscou a um cessar-fogo imediato na Ucrânia lançou uma nuvem sobre as tentativas de negociação.
Sybiha, da Ucrânia, depois de se reunir com os ministros das Relações Exteriores do G7, elogiou Washington pelas novas sanções de energia impostas às empresas petrolíferas russas no mês passado.
"Precisamos continuar a aumentar o custo da guerra para Putin e seu regime, forçando a Rússia a acabar com a guerra", escreveu ele no X.
A ministra canadense das Relações Exteriores, Anita Anand, anunciou anteriormente sanções adicionais contra Moscou, visando o programa de drones da Rússia, entidades de gás natural liquefeito e embarcações da "rota sombra" da Rússia, entre outros, de acordo com um comunicado.
ATAQUES A BARCOS
Os ministros, em sua declaração, disseram que reafirmaram um compromisso compartilhado "para fortalecer a parceria na segurança de portos e rotas marítimas contra o tráfico de drogas ilegais", mas não fizeram nenhuma menção específica à campanha militar intensificada dos EUA nas águas da América Latina.
Militares dos EUA realizaram pelo menos 19 ataques até o momento contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e nas costas do Pacífico da América Latina, matando pelo menos 76 pessoas.
Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da França criticou abertamente os ataques dos EUA, enquanto uma autoridade europeia sênior disse nesta quarta-feira que a reunião do G7 seria "o lugar ideal" para que as ações militares dos EUA fossem discutidas, embora isso não estivesse oficialmente na agenda.
"É aqui que devemos trocar opiniões sobre questões controversas -- e o que os EUA estão fazendo no Caribe é preocupante para todos", disse a autoridade europeia.
"Observamos com preocupação as operações militares na região do Caribe, porque elas violam o direito internacional e porque a França tem presença nessa região por meio de seus territórios ultramarinos, onde residem mais de um milhão de nossos compatriotas", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, à margem do G7.
Os ministros das Relações Exteriores do G7 realizaram uma reunião sobre segurança marítima na manhã desta quarta-feira, mas não ficou claro se os ataques a barcos foram abordados diretamente.
O governo Trump insiste que os alvos estavam transportando drogas, sem fornecer provas ou explicar publicamente a justificativa legal para a decisão de atacar os barcos em vez de detê-los e prender as pessoas a bordo.
Os Estados Unidos justificaram publicamente suas ações como consistentes com o Artigo 51 da Carta da ONU, que exige que o Conselho de Segurança da ONU seja imediatamente informado de qualquer ação que os Estados tomem em autodefesa contra um ataque armado.
Embora reconhecendo a justificativa dos EUA para os ataques, um grupo de especialistas independentes da ONU afirmou no mês passado que: "Mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais".
Na terça-feira, a CNN informou que o Reino Unido não estava mais compartilhando informações de inteligência com Washington sobre embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe porque acredita que os ataques são ilegais.
Um funcionário do Departamento de Estado disse que Rubio teve uma breve reunião com a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, às margens da reunião do G7.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou que as forças de segurança pública colombianas suspendessem o compartilhamento de informações com as agências de inteligência dos EUA até que Washington parasse de atacar embarcações no Caribe.
Os ministros também expressaram forte apoio ao plano de Trump para acabar com a guerra em Gaza e para o retorno dos reféns israelenses mortos restantes mantidos pelo Hamas, ao mesmo tempo em que expressaram preocupação com as restrições ao fluxo de ajuda ao enclave palestino.
Um cessar-fogo intermediado pelos EUA entre Israel e o Hamas ocorreu em 10 de outubro, mas os esforços para avançar a segunda fase do plano de Trump têm fracassado.
(Reportagem de Daphne Psaledakis, Maria Cheng, David Ljunggren, Michelle Nichols e Simon Lewis)
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