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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil cortou sua previsão de lucro líquido ajustado para 2025 nesta quarta-feira, após registrar um tombo de mais de 60% no resultado do terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024.
O banco calcula agora que a última linha do resultado fique em um intervalo de R$18 bilhões a R$21 bilhões, contra estimativa anterior em uma faixa de R$21 bilhões a R$25 bilhões.
A nova previsão fica abaixo do ponto médio das estimativas de analistas compiladas pela LSEG, de R$22,375 bilhões para o ano.
A revisão acompanha uma piora no prognóstico para o custo do crédito, para uma faixa de R$59 bilhões a R$62 bilhões, contra a projeção anterior, de R$53 bilhões a R$56 bilhões.
"Para 2025, reconhecemos que, diante das dificuldades, entregaremos um lucro médio menor que o do ano passado, mas ainda com uma rentabilidade sólida, considerando o volume de provisões que vamos contabilizar", afirmou o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores, Geovanne Tobias.
No terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado totalizou R$3,785 bilhões, queda de 60,2% ano a ano, mas estável na comparação com os três meses anteriores. Estimativas compiladas pela LSEG apontavam R$3,708 bilhões.
O BB registrou no período uma margem financeira bruta de R$26,365 bilhões, 1,9% acima do mesmo período do ano passado e 5,1% melhor do que no segundo trimestre de 2025. As receitas com serviços ainda caíram (2,6%) ano a ano, mas subiram 1,3% no trimestre.
AGRO AINDA PRESSIONA
O custo do crédito saltou 77,7% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$17,9 bilhões, que na base sequencial ainda significou uma alta de 12,7%.
"Além do aumento da inadimplência, em especial na carteira agro, houve agravamentos em casos específicos em Grandes Empresas", afirmou o banco no material de divulgação do balanço.
O indicador de inadimplência acima de 90 dias encerrou setembro em 4,93%, de 4,21% em junho e 3,33% um ano antes.
Na carteira agro, que tem pressionado os números do BB há alguns trimestres, esse percentual atingiu 5,34%, principalmente na cultura da soja e nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, além do efeito dos pedidos de recuperação judicial no segmento. O indicador antecedente de operações vencidas há mais de 30 dias disparou de 5,53% no final de junho para 7,78% no trimestre de setembro.
Na carteira de pessoas físicas, o percentual subiu a 6,01%, o que o banco atribuiu, principalmente, à sobreposição de operações realizadas com produtores rurais, além de elevação da inadimplência na carteira renegociada e no cartão de crédito.
Em pessoas jurídicas, a taxa ficou em 4,06%. Quando se considera apenas o segmento de micro, pequenas e médias empresas, a inadimplência das operações vencidas há mais de 90 dias foi de 10,25%.
No período, a carteira de crédito expandida cresceu 7,5% ano a ano, para R$1,279 trilhão. Na base trimestral, contudo, mostrou queda de 1,2%.
Pessoa física teve alta de 7,9% no ano e de 2,3% no trimestre, enquanto pessoa jurídica aumentou 10,4% em 12 meses, mas encolheu 3,2% no trimestre. O portfólio agro também retraiu na base sequencial, enquanto subiu 3,2% ano a ano.
O BB encerrou o terceiro trimestre com retorno sobre patrimônio líquido de 8,4%, bem menor do que os 21,1% registrados um ano antes, mas estável na comparação com o segundo trimestre de 2025.
O índice de capital nível I aumentou para 13,92%, de 13,27% no segundo trimestre e 13,51% um ano antes. Mas o índice de eficiência piorou para 28,1%, de 27,7% três meses antes e 25,8% no mesmo período de 2024.
O BB também anunciou nesta quarta-feira que o conselho de administração aprovou R$410,6 milhões em juros sobre capital próprio.
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