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Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que cortou pela metade -- de 6% para 3% -- a exigência às companhias aéreas de redução dos voos domésticos em 40 aeroportos principais a partir de sábado após o fim da paralisação do governo.
As companhias aéreas vinham pressionando pelo fim dos cortes exigidos para atender às preocupações com a segurança do controle de tráfego aéreo e, em grande parte, não estavam cumprindo o corte de 6% nesta sexta-feira. Resta saber se elas estarão em conformidade com a ordem de 3%.
"A redução de 3% permanecerá em vigor enquanto a FAA monitora o desempenho do sistema durante o fim de semana e avalia se as operações normais podem ser retomadas", disse o órgão.
A Cirium, empresa de análise de aviação, disse que as companhias aéreas cancelaram apenas 2% dos voos totais nesta sexta-feira, abaixo dos 3,5% registrados na quarta e quinta-feira.
Nesta sexta-feira, controladores de tráfego aéreo e outros funcionários da FAA começaram a receber salários atrasados equivalentes a cerca de 70% do que lhes é devido, excluindo as horas extras.
As companhias aéreas têm argumentado em particular à FAA que é hora de acabar com os cortes e algumas já haviam avisado que iriam cortar poucos ou nenhum voo no sábado, disseram autoridades à Reuters.
Na quarta-feira, a FAA optou por aliviar os cancelamentos após as interrupções devido às ausências do controle de tráfego aéreo diminuírem drasticamente quando o Congresso aprovou a reabertura do governo depois de uma paralisação de 43 dias.
Separadamente, um grupo de democratas da Câmara, liderado pelo deputado Rick Larsen, membro graduado do Comitê de Transporte e Infraestrutura, pediu ao governo nesta sexta-feira que entregue os dados específicos de segurança e como eles se comparam aos dos últimos seis meses.
"Parece que o governo tomou essa decisão sem a coordenação adequada com as principais partes interessadas da aviação", escreveram os democratas.
A United Airlines informou que havia cancelado 134 voos para sexta-feira, ou quase 3% de seus voos, depois de cancelar 222 voos na quinta-feira.
A FAA está com cerca de 3.500 controladores de tráfego aéreo a menos do que os níveis de pessoal previstos. Muitos estavam fazendo horas extras obrigatórias e semanas de seis dias, mesmo antes da paralisação -- que os levou a trabalhar sem remuneração.
As ausências do tráfego aéreo levaram a dezenas de milhares de cancelamentos e atrasos de voos desde 1º de outubro, quando começou a paralisação de 43 dias.
(Reportagem de David Shepardson)
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