Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Cras vitae gravida odio.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Cras vitae gravida odio.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Cras vitae gravida odio.

Por Clar NiChonghaile
BELÉM, (Fundação Thomson Reuters) - A mensagem não poderia ter sido mais clara: manifestantes carregaram caixões com rótulos "petróleo", "carvão" e "gás" por Belém enquanto negociadores se reuniam na cidade amazônica para a cúpula climática COP30 das Nações Unidas.
Pode ser muito cedo para declarar o fim da era dos combustíveis fósseis, mas cerca de 80 países estão exigindo um plano concreto para se afastar da energia poluente na cúpula do clima.
Além do desafio político de fazer com que os 195 países presentes na COP30 -- incluindo produtores de petróleo -- concordem com o plano, há obstáculos práticos para que o mundo se livre do petróleo e do gás, especialmente porque a demanda por eletricidade deve aumentar diante do avanço da inteligência artificial e do crescimento populacional.
Embora a energia renovável esteja em rápida expansão, o mundo não está no caminho para triplicar a energia limpa até 2030, meta estabelecida na COP28 em Dubai há dois anos, quando os países concordaram pela primeira vez com a transição dos combustíveis fósseis.
E a expansão não ocorre com velocidade suficiente nos países que mais precisam de energia limpa.
As nações em desenvolvimento dizem que precisam de mais dinheiro para migrar para a energia limpa e participar da revolução das energias renováveis, que poderia criar 8.000 empregos por dia na próxima década, disse Bruce Douglas, presidente-executivo da Global Renewables Alliance, com sede em Bruxelas.
"A lacuna está ficando menor, (mas) precisamos de um aumento significativo no investimento e na implantação.... As metas são ótimas, mas metas não são turbinas e promessas não são painéis", disse Douglas em uma entrevista na COP30.
Os governos precisam colocar em prática planos climáticos ambiciosos para estimular a confiança dos investidores em projetos que forneceriam energia a cidadãos pobres e reduziriam as taxas de mortalidade causadas pela poluição do ar gerada pela queima de combustíveis fósseis, disse Douglas.
O acesso a capital é fundamental.
"O capital está fluindo em quantidades recordes ano após ano, mas não está acontecendo nos mercados que mais precisam dele", avaliou.
Apenas cerca de 17% dos investimentos em energia limpa vão para economias emergentes e em desenvolvimento, segundo ele, e esse patamar cai para cerca de 4% na África, onde aproximadamente 620 milhões de pessoas não têm acesso estável e acessível à energia.
Urielle Nsenda, negociadora da República Democrática do Congo, disse que os países em desenvolvimento, como o seu, também precisam de apoio técnico para elaborar projetos de energia renovável.
"Outro problema enfrentado pelos países da África é que não temos dados suficientes sobre o setor para nos ajudar a identificar e elaborar projetos adequados às circunstâncias nacionais", disse ela em Belém.
Por exemplo, a RDC tem um potencial significativo de energia hidrelétrica, de acordo com a Agência Internacional de Energia, enquanto outros países africanos estão se concentrando na energia solar para aumentar sua capacidade renovável.
"A transição energética exige que adaptemos nossa infraestrutura", disse Nsenda. "Não queremos carregar o fardo sozinhos."
(Reportagem de Clar Ni Chonghaile)
A Thomson Reuters Foundation é o braço filantrópico da Thomson Reuters. Visite https://context.news/
Entre na sua conta e tenha acesso completo às matérias exclusivas.
