CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago subiram nesta quarta-feira, recuperando parte das perdas da sessão anterior, já que a confirmação de Pequim de que estava cortando as tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA voltou a concentrar a atenção em uma trégua comercial entre os países.

Autoridades norte-americanas disseram que Pequim se comprometeu a comprar dezenas de milhões de toneladas métricas de soja dos EUA, incluindo 12 milhões em novembro e dezembro, de acordo com a trégua comercial da semana passada.

A China suspenderá as tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA após a reunião da semana passada entre seus dois líderes, confirmou Pequim na quarta-feira, mas as importações de soja dos EUA ainda enfrentarão uma tarifa de 13%.

A suspensão dos relatórios de vendas de exportação do Departamento de Agricultura dos EUA, que normalmente registram grandes volumes de exportação, em meio à paralisação do governo, também dificultou para os participantes do mercado a confirmação de quaisquer vendas para a China.

As fortes exportações de soja da América do Sul elevaram os resultados do segmento de processamento de soja e refino da Bunge, depois de colheitas abundantes na Argentina e no Brasil.

A soja fechou em alta 12,75 centavos, encerrando a US$11,3425 por bushel.

Os contratos futuros de trigo em Chicago avançaram com os rumores de que a China estaria interessada em comprar trigo dos EUA, o que incentivou a cobertura de algumas posições vendidas.

O mercado continua aguardando a confirmação das compras chinesas, mas o contrato dezembro subiu 4,50 centavos, a US$5,5475 o bushel.

O milho teve suporte do trigo e subiu 3,75 centavos, fechando a US$4,3525 dólares por bushel.

(Reportagem de Heather Schlitz)