NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto caíram para o nível mais baixo em cinco anos nesta quarta-feira, com o potencial de um excedente global substancial na temporada 2025/26 pesando sobre os preços.

Os negociantes disseram que um aumento esperado na produção de açúcar na Índia, o segundo maior produtor mundial, estava aumentando as preocupações com o excesso de oferta, à medida que aumentavam as previsões para o excedente previsto.

Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em queda de 0,11 centavo, ou 0,8%, a 14,11 centavos de dólar por libra-peso, depois de estabelecer uma mínima de cinco anos de 14,05 centavos.

O aumento da produção foi impulsionado em parte pelas chuvas de monções favoráveis deste ano, ao mesmo tempo em que parece que menos cana do que o esperado está sendo desviada para a produção de etanol.

"Agora achamos que a Índia produzirá mais açúcar em 2025/26, com 32,8 milhões de toneladas, devido ao fato de menos sacarose ser desviada para o etanol", disse a corretora Czarnikow em uma nota.

A Índia produziu 26,1 milhões de toneladas métricas em 2024/25.

A Czarnikow elevou sua previsão para o excedente global de açúcar em 2025/26 em 1,2 milhão de toneladas, para 8,7 milhões de toneladas.

O açúcar branco caiu US$0,70, ou 0,2%, a US$412,70 por tonelada.

Os futuros do cacau diminuíram, pressionados por preocupações com a fraca demanda após o aumento dos preços no ano passado.

A Barry Callebaut disse na quarta-feira que esperava que as vendas de produtos de cacau diminuíssem em uma porcentagem de um dígito médio em seu próximo ano fiscal, devido à pressão dos altos preços do cacau.

O mercado também continua focado no clima na África Ocidental, onde a safra está sendo colhidas

"O clima úmido pode atrasar a colheita do cacau no sul de Gana e no oeste da Costa do Marfim, e o clima seco pode favorecer as principais áreas de cultivo da Nigéria e de Camarões", disse a LSEG Research and Insights em um relatório na quarta-feira.

O cacau de Nova York caiu US$204, ou 3,1%, para US$ 6.396 a tonelada, enquanto o cacau de Londres perdeu 3,2% para 4.696 libras por tonelada.

O café robusta teve pouca alteração, a US$ 4.686 por tonelada, enquanto o café arábica subiu 2,1%, para US$ 4,136 por libra-peso.

(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)