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Economia

Risco de inflação permanece e economia ainda demonstra bom momento, diz Schmid, do Fed

Por Howard Schneider WASHINGTON (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Jeffrey Schmid, afirmou nesta sexta-feira que discordou do corte das taxas de juros desta semana por receio

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Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Jeffrey Schmid, afirmou nesta sexta-feira que discordou do corte das taxas de juros desta semana por receio de que a inflação persistentemente alta e os sinais de pressão inflacionária se espalhando pela economia possam levantar dúvidas sobre o compromisso do banco central com sua meta de inflação, de 2%.

Na medida em que há fraqueza no mercado de trabalho -- a justificativa para a redução dos juros nesta semana --, Schmid disse que isso "muito provavelmente" envolve mudanças estruturais na tecnologia e na demografia, e não o estado da demanda subjacente que, a julgar pelos sólidos gastos dos consumidores e pelo investimento das empresas, mostra que a economia ainda tem impulso.

"Não acredito que uma redução de 25 pontos-base na taxa básica de juros vá contribuir muito para aliviar a pressão no mercado de trabalho", disse Schmid em um comunicado explicando seu voto divergente na votação de quarta-feira. Foram 10 votos a favor e dois contrários ao corte de 25 pontos-base, com o Fed decidindo reduzir a taxa básica de juros para a faixa de 3,75% a 4%.

O membro do conselho do Fed Stephen Miran também votou contra o corte de 25 pontos-base, mas a favor de uma redução maior, de 50 pontos-base.

Um corte, no entanto, "poderia ter um efeito mais duradouro sobre a inflação se o compromisso do Fed com sua meta de inflação de 2% for questionado", disse Schmid.

Embora a paralisação em curso do governo federal tenha interrompido o fluxo de dados oficiais, relatórios recentes sugerem que a medida de inflação preferida do Fed está aumentando a uma taxa anual de cerca de 2,8%.

Schmid disse que seus contatos em seu distrito no meio-oeste expressam "preocupação generalizada sobre o aumento contínuo dos custos e da inflação".

"O aumento dos custos de saúde e dos prêmios de seguro está no topo da lista de preocupações. Nos dados, a inflação está se espalhando por todas as categorias, tanto de bens quanto de serviços."

"A economia continua demonstrando bom ritmo", acrescentou Schmid. "Com a inflação ainda muito alta, a política monetária deve tender a conter o crescimento da demanda... e aliviar as pressões inflacionárias na economia."

Segundo ele, a política atual é apenas "moderadamente restritiva", enquanto o mercado de trabalho "está em grande parte equilibrado".